ORCHIDACEAE

Gongora bufonia Lindl.

Como citar:

Pablo Viany Prieto; Tainan Messina. 2012. Gongora bufonia (ORCHIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

369.480,187 Km2

AOO:

64,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie não é endêmica do Brasil. No Brasil, ocorre nos estado de Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina (Barros et al., 2012). Ocorre em altitudes que variam entre 300 e 400 m (Cronemberger, 2010). Apesar de não considerados por Barros et al. (2012), os registros de ocorrência para o estado do Espirito Santo parecem corresponder a espécie (Menini Neto, com. pess.)

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Pablo Viany Prieto
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

<i>Gongora bufonia</i> apresenta distribuição ampla no domínio da Mata Atlântica, e ocorre em alguns dos remanescentes florestais mais expressivos do Bioma, incluindo Unidades de Conservação de proteção integral.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

​Descrita originalmente na obra Edwards's Botanical Register 27: t. 2. 1841., a espécie é facilmente reconhecida no campo, mesmo sem flores, pelo colorido verde-claro das partes vegetativas, pelos pseudobulbos longitudinalmente angulado-sulcados e pelas folhas muito amplas, com várias nervuras longitudinais proeminentes (Romanini, 2006).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes:

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: A espécie ocorre em florestas litorâneas do leste do Brasil (Romanini, 2006), Florestas Estacionais Semideciduais (Guimarães; Machado, 2009).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: Planta herbácea, epífita (holoepífita obrigatória) (Mania; Monteiro, 2010) ocorrendo em florestas litorâneas do leste do Brasil (Romanini, 2006) e Florestas Estacionais Semideciduais (Guimarães; Machado, 2009), associadas ao Domínio Fitogeográfico Mata Atlântica (Barros et al., 2012). Floresce de Novembro a Janeiro (Romanini, 2006). A única visitante floral de G. bufonia que transfere pólen efetivamente é a abelha Eufrisea violaceae (Apidae: Euglossini) (Guimarães; Machado, 2009).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
​​A Mata Atlântica, Domínio Fitogeográfico onde a espécie se encontra distribuída, é caracterizado pela alta diversidade de espécies e pelo elevado grau de endemismo. A retirada da cobertura vegetal, visando a utilização da área para a agricultura, pastagem, extração de madeira e ocupação humana ao longo dos últimos dois séculos causou a destruição da maior parte desta região, restando hoje cerca de 7% a 8% de sua área original. Devido à ocupação urbana e agrícola, as áreas de mata estão cada vez mais isoladas umas das outras, formando pequenas "ilhas" de vegetação nativa. Desta forma, a maioria das espécies que vivem nesses fragmentos formam populações isoladas de outras que se situam em outros fragmentos. Para muitas espécies, a área agrícola ou urbana circundante pode significar uma barreira intransponível, o que altera de maneira irreversível o fluxo gênico entre as populações e compromete a perpetuação destas na natureza (Galindo-Leal; Câmara, 2003).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
​A espécie foi considerada Criticamente em Perigo (CR) em avaliação de risco de extinção empreendido para a flora do estado do Espirito Santo (Simonelli; Fraga, 2007). Foi considerada Rara (R) de acordo com os critérios de raridade adotados em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do estado do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
​A espécie ocorre dentro dos limites de diversas Unidades de Conservação ao longo de sua área de ocupação. Entre elas: Parque Estadual Ilha do Cardoso, Parque Estadual Serra do Mar e Parque Estadual Carlos Botelho (SP), Estação Biológica Santa Lúcia (ES), Reserva Biológica do Tinguá, RPPN Rio das Pedras, Área de Proteção Ambiental de Cairuçu (RJ), entre outras (CNCFlora In:http://cncflora.jbrj.gov.br/fichas/ficha.htmlid=11622, 2011).